sábado, 17 de setembro de 2011

ORIXÁ NANÃ,a senhora do reino da morte

     Nanã Buruku, orixá feminino de origem Daomeana, é, sem dúvida, muito antiga.
     Orixá dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua  separou a água parada, que já existia, e liberou o saco da criação na terra, o ponto de contato desses dois elementos  formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nanã.
     Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza em si a morte, fecundidade e riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jêje, da região do antigo Daomé, significa mãe.
     Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido, Nanã possui não dois lados, como tantos orixás, mas sim um orixá dentro do outro.
     É ela quem reconduz ao terreno do astral as almas. É a deusa do reino da morte é, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
     A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intrauterina. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino, e a responsável por esse período é justamente Nanã.

     Nanã é considerada pelas comunidades da umbanda e do candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto culto,  implica em compromisso muito sério e inquebrantável, pois o orixá exige que seus filhos e de quem a invoca em geral, a mesma relação austera que mantém com o mundo.
     Sendo a mais antiga divindade das águas, ela representa a memória ancestral de nosso povo; é a mãe antiga ( ìyá Agbà ) por excelência. É a mãe dos orixás  Iroko, Obaluayê e Oxumarê, e é respeitada como mãe de todos os outros orixás.
     Nanã é o princípio, meio e fim, o nascimento, a vida e a morte. Ela é a dona do axé por ser o orixá que dá a vida e a sobrevivência a senhora dos Ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens.
     Entre os símbolos de Nanã está o Ibirí que é feito de palitos do dendezeiro e nasceu junto com ela, na sua placenta. Ela representa a multidão de Eguns que são seus filhos na terra dos homens, os quais ela carrega como mimasse uma criança. Também pertencem a ela os búzios, que simbolizam a morte por estarem vazios e fecundidade por lembrarem os órgãos genitais femininos.
     Contudo o símbolo que melhor sintetiza o caráter de Nanã é o grão, pois ele domina também a agricultura, todo o grão tem que morrer para germinar.
     Nanã assegura uma vida saudável e com bastante força aqueles que a agradam; pode ajudar na maternidade, principalmente quando tudo indica que a criança não vai vingar, mas sua principal função é garantir o pão e o grão de cada dia a todos os que merecem.
     Juntamente com Obaluayê,Nanã forma a sexta linha da umbanda, que é a evolução. E enquanto ela atua na passagem do plano espiritual  para o material ( encarnação ),ela atua na purificação emocional, lançando-lhe irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou , evitando assim, que suas lembranças interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação, e é por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.
                                         
                                                CARACTERÍSTICAS
Símbolo - vassoura de palha,bastão de hastes de palmeira (ibiri)
Dia - terça-feira (umbanda) e sábado (candomblé)
Cor - anil, branco e roxo ; roxo ( candomblé )
Elemento - terra e águas paradas e lamacentas
Metal - latão
Pedra - ametista
Saudação - saluba, saluba salu si, saluba Nanã (umbanda)
Domínio - os pântanos e a morte; saúde e maternidade
Comidas - efó, mungunzá, sarapatel, feijão com coco, pirão com batata roxa, jaca
Animais - rã
Fetiche - pedra marinha        

domingo, 4 de setembro de 2011

IANSÃ NA UMBANDA

     Na umbanda, Iansã é a vibração divina, o próprio axé que movimenta toda criação. É também a força direcionadora dentro da vida dos seres humanos. Senhora da lei, é aplicadora e desencadeadora dos processos cármicos ligados a justiça divina. Mas é também, amparadora e guardiã dos trabalhos dármicos (desempenhados) por diversas consciências encarnadas aqui na terra.
     Seu elemento é o ar na sua na sua forma mais revolta. Muito comum também associá-la as tempestades e a qualquer tipo de evento climático.Está ligada as pedreiras, devido a sua forte ligação com Xangô.
     Tem como símbolos principais o raio e a espada. O raio é o símbolo da justiça divina atuando no plano físico. A espada é o instrumento da lei, que zela, protege e ampara a todos. Em nível mais profundo e romântico, o raio o raio é a força que ilumina as trevas do ego, clareando assim, toda a nossa sombra psíquica e mostrando-nos o caminho verdadeiro para a auto-realização espiritual. A espada é o símbolo da luta pessoal, do melhoramento, da morte dos próprios vícios.
     Seu sincretismo acontece com santa Bárbara, que tem como símbolos o cálice e a espada, e é evocada durante as tempestades.
     Sua saudação é o eparrei (entoado de forma vibrante), som que faz referência ao barulho das trovoadas, além de ser uma saudação à força dos raios e tempestades. É um poderoso mantra de defesa espiritual, que pode ser vibrado mentalmente dentro do chacra frontal em situações de assédio e demandas espirituais.
     Seu toque dentro da umbanda é o barravento, ritmo vindo da cultura bantu, percutido de forma veloz, que potencializa axé movimentador da mãe, além de ser o toque ideal para que suas falangeiras  dancem e girem pelo terreiro, "horizontalizando" e trazendo para o campo físico toda vibração e energia de Iansã.
     Iansã também é considerada senhora dos eguns. É ela que, depois da morte, direciona as almas para o plano espiritual, depositando todas nas mãos amorosas de Obaluayê, orixá responsável pelas passagens de um plano para o outro. Quando cultuada dessa forma, ganha o nome de Iansã das almas ou Iansã do balê.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

IANSÃ, ORIXÁ DOS RAIOS E TEMPESTADES

     Iansã é a divindade do rio Niger. Sua figura guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproximando mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está sempre presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de riscos e de aventura. Enfim, está sempre longe do lar. Nas cerimonias de cultos afro-brasileiros, Iansã é a primeira divindade feminina a surgir.
     Seu nome vem do Iorubá Iyá Mesan (a mãe dos nove filhos). Iansã simboliza o aspecto guerreiro e protetor da mãe divina.
     É extremamente sensual, apaixona-se com frequência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim, nada nela é medíocre, regular e discreto. Suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos , seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o orixá do arrebatamento , da paixão.
     Foi esposa de Ogun e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. É irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os orixás). Em algumas nações religiosas é a dona do teto da casa, do Ilê.
     Iansã é senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla  com um rabo de cavalo chamado Eruexim-seu instrumento litúrgico durante as festas, uma chibata feita de rabo de cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal. É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluayê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo.
     Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. Rege o amor forte e violento.
     Nas cerimonias da umbanda e candomblé, quando incorpora em seus filhos, Iansã surge como autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo, feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor sua alegria contagiante da mesma forma desmedida com que exterioriza sua cólera.

     Filiação - Iemanjá e Oxalá
     Elemento - vento, tempestade, fogo
     Domínio - ventania, temporal, bambuzal, afastamento de Eguns
     Símbolos - chicote, raio-zambembe, espada curta, raio
     Cores - branco, laranja, vermelho coral, amarelo, marrom avermelhado
     Dia da semana - quarta-feira
     Pedra - quartzo rosa
     Metal - cobre
     Plantas - sensitiva, espada de iansã, bambu, periquitinho
     Animais - borboleta, galinha amarela, cabra de segunda cria amarelada ou preto com branco
     Bebidas - espumante, aloá
     Comida - feijão fradinho, farinha de arroz no dendê e acarajé, bobó, xinxim, vatapá, pirão, manga rosa, bolo de batata-doce,feijão miúdo temperado e amalá de 14 quiabos
     Local de oferendas - gramados, junto as pedreiras, pé das pitangueiras, e algumas vezes no bambuzal, nas cachoeiras
     Saudação - epa hei, epahei oyá

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ORIXÁ OTIM

     Otim é um orixá que vive no mato e caça com seu companheiro, Odé, comendo toda espécie de caça. Junto com ele forma o casal mais harmônico do panteão religioso africano.
     É protetora das matas e dos animais silvestres e selvagens. Na mitologia, Otim não teve filhos na terra.
     Orixá jovem, Otim juntamente com Odé, rege a fertilidade, a reprodução e toda a fauna.
     Cores: azulão e branco
     Saudação: oque bambo Otim! Okê arô!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ORIXÁ XANGÔ:REI DE OYÓ E SENHOR DA JUSTIÇA

     O implacável senhor da justiça. Assim é conhecido o orixá Xangô dentro da cultura africanista. Aquele que fulmina qualquer um que cometer um ato impróprio segundo o seu julgamento.
     Xangô tem sempre seu nome relacionado à força, ao poder autoritário, aquele que nunca pode ser contestado. Decide sempre o que é certo ou errado com uma postura extremamente correta, não repressiva. É respeitado e admirado pelo seu comportamento ante as difíceis decisões, tomadas sempre de maneira idônea e correta.
     É considerado o orixá dos trovões e raios, sendo que este último seria a sua arma, a forma como Xangô pune os injustos, mas não de forma arrebatada, sem responsabilidade e sim, como um processo finalizado, onde tudo foi devidamente medido e calculado.
     Xangô possui uma grande respeitabilidade. A arma sagrada de Xangô é o oxê- espécie de machadinha com lâminas nos dois lados.
     E como todo orixá, Xangô não tem apenas pontos positivos em evidência, ele tem como pontos negativos sua sensualidade devastadora e o prazer inesgotável.
     Guerreiro, Xangô teria morado em um castelo no alto de uma pedreira. Conquistador do país de Oyó do qual se tornou o terceiro rei, governava juntamente com doze ministros, escolhidos entre os príncipes e os poderosos chefes de tribos, cada um com seu grau de hierarquia.
     O reino Iorubá de Xangô estendia-se de Benin até Dahomey, África Ocidental. Lá, Xangô era chamado de Xangô-Dzacuta ou Jacutá, o lançador de pedras.
     O fogo que irrompe da terra quando Xangô fica irado, fez com que em alguns países ele fosse relacionado aos vulcões. Xangô sacin, é o Xangô dos astros, Sogbo é o Xangô cultuado no ritual de Vodun. Além desses temos Xangô Abomi, Aganjú, Airá, Alafin, Alufan, Eche, Ibarú, Ogodô.
     Nos rituais dos candomblés de Angola, Xangô é conhecido também pelos nomes: Kiasumbengãnga, Kibuko, Lumbãndoe e Npãnzu.


                                           CARACTERÍSTICAS:
     Classes- Ibeijis, Agandjú, Agodô.
     Cores- Ibeiji, vermelho, branco e amarelo. Aganjú e Agodô, vermelho e branco.
     Elemento- pedra.
     Domínio- raio, trovão e justiça.
     Saudação- Caô Cabecile
     Comida- amalá.
     Metais- chumbo, cobre e bronze.
     Frutas- banana, manga, morango, caqui, castanha, avelã, romã, jambo e cacau.
     Dia da semana- terça-feira (nação).
     Ferramentas- balança, livros, tinteiro, pilão com mão-de-pilão, oxê, raios com três segmentos, estrela com seis pontas, pedra-de-fogo, caneta ou lápis,espada.
     Árvores e plantas- bananeira, cacaueiro, carvalho, louro, jacarandá, caqui, gameleira, morangueiro, castanheiro, aveleira, cipestre e angico.
     Ervas- orô, levante, guiné, dinheiro-em-penca, fortuna, trevo, agrião, fios-de-pedra, quebra-pedra, erva-de-xangô, caruru, quebra-tudo, folha-de-quiabo, folha de bananeira, manjerona, marapuama e ipê.
    

segunda-feira, 25 de julho de 2011

COSME E DAMIÃO

     Assim como todos os servidores dos orixás, os Cosmes também possuem funções bem específicas. A principal é a de serem seus mensageiros. mesmo sendo infantis, são extremamente respeitados pelos caboclos e preto-velhos.
     Essa é uma falange que assume em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre de ser tutelada.
     Na umbanda são denominados de diversas formas: Ibeijada, Erês, Dois-dois, Crianças, Cosmes e Ibeijis. Normalmente usam nomes comuns brasileiros: Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc.
     Essas entidades, quando incorporadas em médiuns, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras como qualquer criança. Os meninos são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as meninas, são mais quietas e calmas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros estão sempre com fome, etc. Estas características, que as vezes nos passam desapercebidas, são sempre formas que utilizam para exercerem uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.
     O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente sejam realizadas em dias festivos.
     Os pedidos feitos à uma criança incorporada, normalmente são atendidos de maneira bastante rápida.Entretanto, a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Os cosmes não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e no decorrer das mesmas, vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energias do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos,pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles.
     As entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil são muito amigas e possuem muito mais poder do que o imaginado, mas como não são levadas muito à sério, o seu poder de ação fica oculto. São conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos.
     Eles são verdadeira expressão da alegria e da honestidade. Apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa. Atuam em qualquer tipo de trabalho, mas são mais procurados para os casos de família e gravidez. A falange das crianças é uma das poucas que consegue dominar a magia.
     Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil se escondem espíritos de estraordinários conhecimentos.
     Estas entidades tem sua correspondência nos reinos de pai Oxalá:
     Cosme- força das águas salgadas
     Damião- força das águas doces
     Doum- força das matas
     Crispim- força do tempo
     Crispiniano- força do calor
                               fonte jornal bom axé 
    

domingo, 24 de julho de 2011

ORIXÁS IBEIJIS

     O culto aos Ibeijis, ocorrem no candomblé, na nação e na umbanda. No candomblé, os Ibeijis são orixás gêmeos. O primeiro gerado recebe o nome de Taiwo e o segundo de Kehinde. Segundo a crença dos Iorubás, Kehinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo.
     Segundo a lenda, os Ibeijis são filhos nascidos de Yansã e que foram jogados nas águas, Oxum os pegou e os criou como se fossem seus filhos.
     Na nação, são divindades infantis associadas ao princípio da dualidade. Por serem crianças, estão ligados a tudo que se inicia ou brota. Dividem-se em masculino e feminino. São cultuados como qualidades dos orixás Oxum e Xangô.
     Na umbanda representam a alegria contagiante, simbolizam a pureza e inocência, seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos.
     São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática da caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de umbanda.

sábado, 23 de julho de 2011

CLASSES DO ORIXÁ OXALÁ

     Existem cinco diferentes representações desse mesmo orixá, cada qual respondendo por um determinado tipo de comportamento, postura ou forma de manifestação que fazem a síntese do Oxalá supremo, caracterizando-o como o regente desse mundo que habitamos. São elas:
     OXALÁ OBOCUM- Um dos Oxalás novos, obocum costuma se manifestar na beira da praia e perto das cachoeiras, locais esses que são os ideais para se fazer as suas oferendas, que são: canjica branca cozida.As ferramentas e utensílios de Obocum são:bastão, as jóias de prata, o caramujo, o sabre, a estrela de oito pontas, a espada, o pilão de madeira, a pomba de metal ou prata, o sol, a moeda e os búzios.
     OXALÁ OLOCUM- Outra representação jovem de Oxalá, Olocum é algumas vezes, representado como uma espécie de criatura metade homem, metade peixe (uma espécie de sereia)  e habita tanto nas águas doce, como salgadas, é justamente nestes locais que ele se manifesta e é na beira das águas destes locais que Olocum se manifesta e é também aí que suas oferendas devem ser colocadas. Sua comida é canjica branca cozida e suas ferramentas são as mesmas de Oxalá Obocum.
     OXALÁ DACUM- A terceira e última representação jovem de Oxalá. Dacum é uma classe que é responsável pelo movimento e pelas diferentes formas de energia que compõem esse movimento. A sua manifestação é comum nas praias, mas também no meio dos rios que possuem forte correnteza. Dessa forma, os locais mais indicados para depositar as suas oferendas passam a ser os que são compostos por esses elementos comuns ao seu domínio. E sua oferenda é também canjica branca cozida e suas ferramentas são as mesmas de Olocum e Obocum.
     OXALÁ JOBOCUM- Jobocum é uma espécie de representação velha de Olocum, com alguns aspectos de Obocum e Dacum, responde principalmente na beira da praia, onde deve-se colocar a sua oferenda igualmente sendo canjica branca e suas ferramentas são as mesmas dos outros.
     OXALÁ ORUMILAIA- Orixá advindo do orun (o céu) dessa forma costuma ser representado mais como a luz do que qualquer outra forma. Orumilaia responde na beira da praia e em rios onde contenham bastante pedras e é neste local que suas oferendas devem ser colocadas que são canjica com ovos cozidos partidos ao meio (ao comprido) sempre em pares e suas ferramentas são as mesmas além de um par de olhos que representa a sua capacidade de tudo ver.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

OBÁ, a orixá guerreira

   Obá é guerreira- usa escudos e lança- sendo enérgica e forte, mais que alguns orixás masculinos.
   Obá, está também associada as águas doces, mas quando revoltas. Companheira de Bará, é um orixá de frente, que traz consigo a navalha e o facão.
   Todas as máquinas, carros e navios estão relacionados com Obá, pois à ela pertence a roda e o leme.
   Em toda a África, Obá era cultuada como a grande deusa protetora do poder feminino, sendo saudada como iyá agbá.
   Obá lutou contra todos os orixás, venceu a batalha contra Oxalá, derrotou Xangô e Orumilá, e tornou-se temida por todos os deuses.

domingo, 17 de julho de 2011

Qualidades do orixá Bará na nação

   Bará Elegba- é o orixá que funciona como mediador entre os opostos que se manifestam na vida dos homens. Beira as estreitas fronteiras entre o bem e o mal, participa das decisões entre o sim e o não.
   Bará Lodê- é o senhor do destino,é o orixá das chaves que abrem e fecham os caminhos para todas as existências. É o responsável pelo cuidado com os cruzeiros, sejam eles das estradas, dos matos ou das ruas.
   Bará Lanã- é conhecido como o principal responsável por abrir as estradas e atalhos. É organizador dos caminhos.
   Bará Adague-é o responsável direto pela defesa do ilê. É o decodificador das mensagens dos orixás através dos búzios.
   Bará Agelú-é considerado o regulador da multiplicação e do crescimento dos seres humanos e de todas as outras vidas sobre a terra.
                                              fonte. revista bom axé

ORIXÁ BARÁ, senhor das encruzilhadas

   Entre todos os deuses africanos, o orixá Bará se apresenta, como o mais humano, pois é o que está mais próximo dos homens, sendo o elo de ligação entre o homem e os demais orixás. É no seu papel de princípio dinâmico, de princípio de vida individual e de elemento de comunicação, que Bará está indissoluvelmente ligado à evolução e ao destino de cada pessoa.
   É o orixá que conhece o íntimo do ser humano, porque foi criado do mesmo material que ele.Sabe tudo o que ele precisa para viver, como trabalho, moradia, amor, sexo, etc.
   Em determinadas situações e problemas, pode-se recorrer diretamente à Bará, para que ele abra as portas e elimine os obstáculos dos caminhos.
   Dono das chaves, dos portais, encruzilhadas, responsável pela a boa abertura dos trabalhos, Bará deve sempre ter sua saudação, obrigações e cortes feitos em primeiro lugar.
   Bará e o portador mítico do sêmem e do útero ancestral, estando profundamente ligado a atividade sexual.
   Na concepção africana a fecundidade é importantíssima, não só para a procriação, mas em todos os planos da existência, como na agricultura, por exemplo. A fertilidade existente no ser humano possibilita o seu desenvolvimento físico e mental, aguçando a sua criatividade e poder realizador.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

OGUN

                                                     OGUN NA NAÇÃO DOS ORIXÁS:
   Divindade masculina iorubá, Ogun é o arquétipo do guerreiro. A relação de Ogun com os militares (é considerado o protetor de todos os guerreiros ) tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo iorubá, dizem as lendas, que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras ( que são do conhecimento apenas dos iniciados ), Ogun aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou, porém, as apalavras, não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo incitado a fúria por sangue do orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após ter sido evocado, Ogun se lançará imediatamente contra quem o invocou.
   Ogun, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas, mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas. ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente executar a justiça ditada pelo orixá Xangô. É muito mais paixão do que razão: aos  amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão; aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.
   Ogun é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manuseiam ferramentas: ferreiros, barbeiros, maquinistas... É por extensão, o orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: produção de objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na indústria automobilística de computação e de aviação