domingo, 4 de setembro de 2011

IANSÃ NA UMBANDA

     Na umbanda, Iansã é a vibração divina, o próprio axé que movimenta toda criação. É também a força direcionadora dentro da vida dos seres humanos. Senhora da lei, é aplicadora e desencadeadora dos processos cármicos ligados a justiça divina. Mas é também, amparadora e guardiã dos trabalhos dármicos (desempenhados) por diversas consciências encarnadas aqui na terra.
     Seu elemento é o ar na sua na sua forma mais revolta. Muito comum também associá-la as tempestades e a qualquer tipo de evento climático.Está ligada as pedreiras, devido a sua forte ligação com Xangô.
     Tem como símbolos principais o raio e a espada. O raio é o símbolo da justiça divina atuando no plano físico. A espada é o instrumento da lei, que zela, protege e ampara a todos. Em nível mais profundo e romântico, o raio o raio é a força que ilumina as trevas do ego, clareando assim, toda a nossa sombra psíquica e mostrando-nos o caminho verdadeiro para a auto-realização espiritual. A espada é o símbolo da luta pessoal, do melhoramento, da morte dos próprios vícios.
     Seu sincretismo acontece com santa Bárbara, que tem como símbolos o cálice e a espada, e é evocada durante as tempestades.
     Sua saudação é o eparrei (entoado de forma vibrante), som que faz referência ao barulho das trovoadas, além de ser uma saudação à força dos raios e tempestades. É um poderoso mantra de defesa espiritual, que pode ser vibrado mentalmente dentro do chacra frontal em situações de assédio e demandas espirituais.
     Seu toque dentro da umbanda é o barravento, ritmo vindo da cultura bantu, percutido de forma veloz, que potencializa axé movimentador da mãe, além de ser o toque ideal para que suas falangeiras  dancem e girem pelo terreiro, "horizontalizando" e trazendo para o campo físico toda vibração e energia de Iansã.
     Iansã também é considerada senhora dos eguns. É ela que, depois da morte, direciona as almas para o plano espiritual, depositando todas nas mãos amorosas de Obaluayê, orixá responsável pelas passagens de um plano para o outro. Quando cultuada dessa forma, ganha o nome de Iansã das almas ou Iansã do balê.

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