quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

EXÚ

Exu é um orixá africano, também conhecido como: Esu, Eshu, Bara, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti, Lagos. Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento. Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, o mundo material e o mundo espiritual, seja plenamente realizada. Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade. Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um equívoco de acordo com a construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal. Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou entidades encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins como fazem as religiões cristãs. Estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso; pelo contrário, na mitologia yoruba, bem como no candomblé, cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano. De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele. No entanto, como tudo no universo possui de um modo geral dois lados, positivo e negativo, Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes. Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú. A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu. Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é denominado Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei. Exu praticamente não possui ewós ou quizilas. Aceita quase tudo que lhe oferecem. Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra usados de forma bem precisa em seus trabalhos. Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”. E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro. Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, por meio de uma artimanha, conseguiu ser o rei da região, tornando-se um dos reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil o reverenciam também com este nome. Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos. Exu. No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes Orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas, as rezas, é saudado antes de todos os Orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu Orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os Exus de Umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé tem um quarto para Exu, sempre separado dos outros Orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham exu assentado. É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém " … nem completamente mau, nem completamente bom … ", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" -contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia ", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran. Sacrifício para Exu. Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê). A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador. Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e uma quartinha de água ou cachaça, que são “arriados” para Exu. Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome de Aluvaiá, Pambu Njila, e Legbá, no Candomblé Jeje . Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda. Os exus de umbanda sao entidades de pessoas desencarnadas que, por motivos de evoluçao espiritual, retornaram à terra para cumprir essa missão junto ao seus seguidores. Essas entidades são confundidas com esu ou exu do Candomblé devido à proximidade que Exu tem com os homens. Entretanto, não são considerados orixás como o Exu, e sim quiumbas - conhecedores das vontades de homens e mulheres no plano terrestre, tendo vivido em épocas diferentes, porém com os mesmos problemas, desejos e sonhos. Seus filhos são sensuais, dominadores e inteligentes. Gostam da vida cercada de barulho, muitas pessoas e romances de todo tipo. Adoram festas e não se prendem a ninguém, são muito impulsivos. Mas se amam alguém, dão sua vida se for preciso, sem pensar em nada. Gostam de ajudar e trabalhar, mas podem se tornar vingativos e extremamente crueis. Assentamento de Elegguá. Em Cuba é chamado de Elegua ou Elegguá ou Eleggua. É uma das deidades da religião yorùbá. Na Santeria é sincretizado com o Santo Niño de Atocha ou com Santo Antônio de Pádua. É o porteiro de todos os caminhos, da montanha e da savana, é o primeiro dos quatro guerreiros junto a Oggun, Osun e Oshosi. Tem 201 caminhos e suas cores são o vermelho e o preto e seus números são 3 e 7. É o comunicador e Ifá lhe deu quatro búzios para falar com ele. Ele está presente no inicio da vida, e na hora da morte. Veve de Papa Legba. No Vodou haitiano é chamado de Papa Legba e Legbá Petró, Maitre Carrefour (dono da encruzilhada). É o intermediário entre o loa e à humanidade. Ele está em uma encruzilhada espiritual e dá (ou nega) permissão para falar com os espíritos de Guinee, e acredita-se que fale todos os idiomas humanos. Ele é sempre o primeiro e o último espírito invocado em qualquer cerimônia. Na República Dominicana é cultuado como Vodun Legba, e em Trinidad e Tobago como Eshu.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

OBATALÁ/ORIXALÁ

Òrìsànlá ou Obàtálá na África, "O Grande Òrìsà" ou "O Rei do Pano Branco", na mitologia yoruba, é o criador do mundo, dos homens, animais e plantas. Foi o primeiro Orixá criado por Olodumare e é considerado o maior de todos os Orixás. É o mais velho dos Òrìsás, o rei de vestes brancas, raiz de todos os outros Òòsààlà. Êle não é feito, faz-se Ayrà ou Òsun Oparà. É o pai de Osàlúfón, que por sua vêz é o pai de Osoguian, tão grande e poderoso é Obàtálá que não se manifesta, sua palavra transforma-se, imediatamente, em realidade. Representa a massa de ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação de novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos, preside o nascimento, a iniciação e a morte. É o responsável pelos defeitos físicos, e é corcunda porque recusou-se a fazer uma oferenda de sal numa cabaça e Èsù castigou-o pregando a cabaça nas costas, razão pela qual não come sal: comer sal para êle constitui um ato de alto canibalismo. Ele deu a palavra ao homem e durante suas festas não se fala, durante três semanas tudo é silêncio, pois a palavra é dele. África Obatalá é o filho direto de Olorum o criador do universo. Depois de criado o universo e a terra em específico; depois de milhares de anos resolveu dar vida a terra e enviou seu filho direto "Obatalá" para esse fim à terra que até então era composta de água. Vindo com o saco da criação Obatalá trouxe consigo uma galinha d'angola que foi responsável por espalhar a terra sobre as águas, dando desta maneira forma à terra sobre a água, depois de criado os montes etc... Obatalá criou os vegetais, animais e por ultimo da própria criação "terra" com ajuda de Nanan moldou o ser humano com o barro e com seu sopro deu vida ao ser humano. Por isso quando as pessoas têm um grande problema de saúde é a este Orixá que se pode recorrer; claro que dependendo do tipo de doença que seja, podemos recorrer também a outros Orixás. Obatalá é quem rege tudo o que é branco sobre a terra em todo sentido da palavra; pureza. Obatalá - Oba (rei) alá (branco) Òsàlá - Palavra de origem árabe, mais precisamente de inshalla, com o signifcado de "se Deus quiser, se Deus o permitir". Orisa-Nla, Orisala ou (Orixalá e Oxalá em português) é o primeiro Orisa Funfun nascido diretamente de Olorun ( DEUS) (tudo desses orixás é de cor branca). "Orisalá é encarregado do poder criador e é considerado um co-trabalhador de Olorun. Supõe-se que o homem tenha sido feito por Deus e modelado por Orisala. Seus adeptos se distinguem pelo uso de colares de contas brancas e pelas roupas brancas. Não podem beber vinho de palmeira. Os sacrifícios por eles oferecidos não podem conter sal. Os albinos, os anões, os estropiados e os corcundas são considerados sagrados por esse orisa. Orisala é o nome comum, conhecido e adorado em diversas cidades e sob diversos nomes: Orisa Oluofin em Iwofin, Orisako em Oko, Orisakire em Ikire, Orisagiyan em Ejigbo, Orisaeguin em Owu, Orisajaye em Ijaye, Obatala em Oba."

EGUNGUN

Egungun pertence à Mitologia Yoruba. África Segundo a tradição do culto dos Eguns, é originário da África, mais precisamente da região de Oyó. O culto de Egungun, é exclusivo de homens, sendo Alápini o cargo mais elevado dentro do culto tendo como auxiliares os Ojés. Todo integrante do culto de Egungun é chamado de Mariwó. Na África, Xangô é considerado a encarnação do Deus primordial do Sol, raios e tempestades, Xangô seria a encarnação de Jakutá, que é considerado a mão de Olorun que pune, o caráter punitivo de Olorun, ele representa o poder de Olorun, tanto que fora enviado ao mundo em criação para estabelecer a ordem entre Oxalá e Oduduá, que são as duas divindades que foram encarregadas, por Olorun, para criação. Desta forma, Xangô é cultuado como um Orixá Egungun, Orixá por ele ser nada mais nada menos que o Orixá da execução, da punição divina e Egungun por ele ter tido sua passagem pela terra como homem e ter se iniciado. Xangô foi o criador do culto de Egungun e ele foi o primeiro Ojé ( Sacerdote do Culto aos Mortos ) e também foi o primeiro Alapini ( Sumo-sacerdote do Culto aos Mortos ) isso é evidenciado em um de seus Orikis que fala: "Rei do Trovão ( Raios ) Rei do Trovão ( Raios ) Encaminha o Fogo sem errar o alvo ( Alusão aos Raios ), nosso vaidoso Ojé Xangô alcançou o Palácio Real Único que possuiu Oiá Grande líder dos Orixás Rei que conversa no Céu e que possui a honra dos Ojés Rei que conversa no Céu e que possui a honra dos Ojés." Xangô criador de Culto a Egungun Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de um Itã: "Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Xangô quiz saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá. Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais." Brasil Egungun, espírito ancestral de pessoa importante, homenageado no Culto aos Egungun, esse culto é feito em casas separadas das casas de Orixá. No Brasil o culto principal à Egungun é praticado na Ilha de Itaparica no Estado da Bahia mas existem casas em outros Estados. Normalmente chamado de Babá (pai) Egun, Babá-Egun. Também pode ser referido como Êssa nome dos ancestrais fundadores do Aramefá de Oxóssi (conselho de Oxóssi, composto de seis pessoas). Ou Esa espírito dos adoxu e dignitários do egbe (casa). Informações do Projeto Egungun Juana Elbein dos Santos e Dioscóredes M. dos Santos (Mestre Didi). Os nagôs, cultuam os espíritos dos mais velhos de diversas formas, de acordo com a hierarquia que tiveram dentro da comunidade e com a sua atuação em pról da preservação e da transmissão dos valores culturais. E só os espíritos especialmente preparados para serem invocados e materializados é que recebem o nome Egun, Egungun, Babá Egun ou simplesmente Babá (pai), sendo objeto desse culto todo especial. Porque o objetivo principal do cultos dos Egun é tornar visível os espíritos dos ancestrais, agindo como uma ponte, um veículo, um elo entre os vivos e seus antepassados. E ao mesmo tempo que mantém a continuidade entre a vida e a morte, o culto mantém estrito controle das relações entre os vivos e mortos, estabelecendo uma distinção bem clara entre os dois mundos: o dos vivos e o dos mortos (os dois níveis da existência). Baba Assim, os Babá trazem para seus descendentes e fiéis suas bênçãos e seus conselhos mas não podem ser tocados, e ficam sempre isolados dos vivos. Suas presença é rigorosamente controlada pelos Ojé (sacerdotes do culto) e ninguém pode se aproximar deles. Os Egungun se materializam, aparecendo para os descendentes e fiéis de uma forma espetacular, em meio a grandes cerimônias e festas, com vestes muito ricas e coloridas, com símbolos característicos que permitem estabelecer sua hierarquia. Os Babá Egun ou Egun Agbá (os ancestrais mais antigos) se destacam por estar cobertos com uma roupa específica do Egun — chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia, são enfeitadas com búzios, espelhos e contas e por um conjunto de tiras de pano bordadas e enfeitadas que é chamado Abalá, além de uma espécie de avental chamado Bantê, e por emitirem uma voz característica, gutural ou muito fina. Os Aparaká são Egun mais jovens: não têm Abalá nem Bantê e nem uma forma definida; e são ainda mudos e sem identidade revelada, pois ainda não se sabe quem foram em vida. Acredita-se, então, que sob as tiras de pano encontra-se um ancestral conhecido ou, se ele não é reconhecível, qualquer coisa associada à morte. Neste último caso, o Egungun representa ancestrais coletivos que simbolizam conceitos morais e são os mais respeitados e temidos entre todos os Egungun, guardiães que são da ética e da disciplina moral do grupo. No símbolo "Egungun" está expresso todo o mistério da transformação de um ser deste-mundo num ser-do-além, de sua convocação e de sua presença no Aiyê (o mundo dos vivos). Esse mistério (Awô) constitui o aspecto mais importante do culto. Mestre Didi, Braga, Julio, O Culto de Babá Egun em Ponta de Areia (1980-1984).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OJÉ

Ojé é (sacerdote do Culto dos Egun ou Egungun), também chamado de Babaojé -Babá (pai) Ojé (sacerdote), não entram em transe e tem uma iniciação diferente do Iaô do Candomblé.

domingo, 9 de dezembro de 2012

OLOKUN

África Na Mitologia Yoruba, Olóòkun ou Olokun -No Benin é considerado como do sexo masculino e em Ifé como sendo do sexo feminino, divindade do mar. Depois (Olo) dos Oceanos (Okun). Olokun é o Orixá Senhor do mar, é andrógino, metade homem e metade-peixe, de caráter compulsivo, misterioso e violento. Tem a capacidade de transformar. É assustador quando irritado. Na natureza é simbolizado pelo mar profundo e é o verdadeiro dono das profundezas do presente, onde ninguém jamais esteve. Representa os segredos do fundo do mar, como ninguém sabe o que está no fundo do mar, apenas Olokun. Também representa a riqueza do fundo do mar e da saúde. Olokun é um dos Orixás mais perigoso e poderoso do culto aos Orixás. Diz-se que ele foi acorrentado ao fundo do oceano, quando ele tentou matar a humanidade com o dilúvio. Sempre retratado com escudo. Seu culto é na cidade de Lagos, Benin e Ile Ifé. Seu nome vem do yoruba Olokun (Olo: Depois - Okun: Mar). Representa a riqueza dos fundos marinhos e a saúde. Todo os Babalawôs devem cultuá-lo e sempre deve ser assentado com suas 18 ninfas que são suas esposas, as 9 Olossás e as 9 Olonas. Elas são ninfas da água, representa os rios, córregos, lagoas, cachoeiras, nascentes, lagoas, extensões marinhos e de águas pluviais. Brasil No Brasil é cultuada como mãe de Iemanjá e dona do mar (Olokun). É cultuada nas casas de candomblé tradicionais, mas não toma parte nas festas, não são entoados cânticos no "xirê", assim como acontece com outros orixás (Orunmila, Oduduwa). São assentados mas não são "iníciados" iawos para estes orixás. Com a vinda de sacerdotes africanos para o Brasil, hoje tenta-se resgatar o culto, porém sem identificação pelos fiéis. Talvez por não se ter conhecimento e sincretismo. É homenageada durante a Festa de Iemanjá. Em cuba Olokun foi ligado no fundo do oceanos por Oshala pra evitar que com sua força fez calamidade. Nao se sicretiza e nao fala si no por boca de sua filha. No vodum cubano uma entidade que pode ser como Orokun e Nana Burku que representa o principio e a madre de Lemonja.

EGUN

O termo Egun é uma palavra da língua yoruba usada no Candomblé que significa alma ou espírito de qualquer pessoa falecida iniciada ou não. Diferente da palavra Egungun que são considerados espíritos de homens importantes iniciados nas Religiões tradicionais africanas, no Culto aos Egungun e no Candomblé que são cultuados após a morte chamados de Baba (pai) Egum (espírito). O termo Egum é muito abrangente, pode ser desde um espírito considerado de luz, de um parente, como um espírito desorientado obsessor que precisa ser afastado.