sexta-feira, 9 de julho de 2010

RITUAIS E CULTO AOS ANCESTRAIS

                                                    VALORES E ÉTICA NO VODU

     Os valores culturais que o vodu engloba centram em torno das idéias da honra e do respeito - ao Deus, aos espìritos, à família e à sociedade, e a si mesmo. Há uma idéia plural de apropriado e de impróprio, no sentido que o que é apropriado a alguém com Danbala Wedo com sua cabeça pode ser diferente de alguém com Ogou Feray como sua cabeça, porque, por exemplo, um espírito está muito frio e o outro está muito quente. A frieza geral é avaliada, assim como a habilidade e inclinação de proteger-se aos seus se necessário. O amor e a sustentação dentro da família da sociedade do vodu parecem ser a consideração mais importante. A generosidade em dar à comunidade e aos pobres é também um valor importante. As dádivas vêm através da comunidade e há a ideia que deve-se ser disposto a retribuir por sua vez. Desde que vodu tem tal orientação da comunidade, não há "solitários" em vodu, somente as pessoas separadas geograficamente de seus antepassados e casa.

                                                                    RITUAL


     Voduns não usam roupas luxuosas, não gostam de roupas de festas e geralmente preferem a velha e boa roupa de ração. As danças são cadenciadas em um ritmo mais denso e pesado. Os  Voduns estão sempre de olhos abertos e salvo algumas excessões, conversam (usando preferencialmente um dialeto próprio) e dão conselhos a quem os procura.

                                                                  INICIAÇÃO

     A iniciação aos cultos dos voduns é complexa e longa e pode envolver longas caminhadas a santuários e mercados e períodos de reclusão dentro do convento ou terreiro hunkpame, que podem chegar a durar um ano, onde os neófitos são submetidos a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagens de línguas sagradas e votos de segredo e obediência.

                                                          CERIMONIAIS VODU

     Geralmente, as cerimônias são realizadas no período noturno. Fazem parte do ritual: bebidas de rum, frutas e jarros de barro. As bebidas e comidas são erguidas e oferecidas aos Loas, para invocá-los. No intuito de alegrar essas entidades, os voduístas lhes oferecem também sacrifícios de aves, porcos, galinhas, bodes e afins. Após as oferendas com danças, os loas possuem os corpos de seus súditos.
     No vodu, mais ou menos como ocorre na umbanda, as danças em volta da ponteau-mitan são de suma importância, pois servem para se obter a espiritualidade: as pessoas que se envolvem com a dança são mais rapidamente possuídas. Para cada divindade existe um tipo de música, instrumentos e rítimos específicos, segundo o gosto de cada loa, que exige que tudo seja purificado e consagrado para o ritual.
     As serpentes também fazem parte de alguns cerimoniais. No ritual chamado mambo, o réptil é retirado de um cesto e posto bem próximo do rosto da sacerdotisa que, ao tocar no animal, recebe, supostamente, visão especial e poderes sobrenaturais.
     Segundo a crença vodu, os primeiros homens criados eram cegos e foi justamente a serpente que conferiu visão à espécie humana.
                                    
                                                           BONECO  VODU

     Sem dúvida, o boneco vodu, é o primeiro elemento que vem à mente dos leigos, quando se fala em voduísmo. Tal objeto é empregado para invocar os poderes dos deuses do vodu e recebe o nome de fetiche, que significa feitiço.O fetiche é confeccionado por quem irá realizar o trabalho de magia e, em quanto é feito, as pessoas tem de mentalizar os objetivos que quer alcançar com o ritual e "transmitir" sua energia ao boneco.
     O fetiche deve ser feito com a semelhança anatômica de uma pessoa: cabeça, tronco e membros. Partes indispensáveis para a "eficácia" da magia são os órgãos genitais masculinos ou femininos. O boneco precisa ser batizado com o nome da pessoa que irá representar e, geralmente é feito com massa de modelar, nunca de pano ou outro material.
     De acordo com alguns sacerdotes, tais bonecos são feitos para realizar o bem, para se alcançar prosperidade e curas. O que a pessoa precisa fazer é perfurá-los com espetos ou alfinetes. Mas na prática as intenções nem sempre são essas.

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