domingo, 11 de julho de 2010

CARGOS NO CANDOMBLÉ

                                                                   EKEDI

     A estrutura social do candomblé é muito semelhante a das famílias matriarcais ou patriarcais. A escala de valores dentro dessa família, é de suma importância para o bom desenvolvimento da própria religião, utilizando-se de nomenclaturas em yorubá para designar cargos específicos, com seus deveres e responsabilidades.
     Um dos cargos femininos mais conhecidos no candomblé do Brasil, são as Ekedis que, assim como os Ogans, são suspensas para a iniciação e não se ocupam (imcorporam) pois precisam estar conscientes para atender as necessidades dos Orixás.
     A palavra "ajoié" é correspondente feminino de ogan, pois a palavra ekedi, ou ekejì, vem do dialeto Ewe, falado pelos negros fons ou je. Portanto, o correspondente yorubá  de ekedi é ajoié (mãe que o orixá escolheu e confirmou).
     Em dias de festa, uma ekedi deverá vestir-se com seus trajes rituais, seus fios de contas, um ojá na cabeça, e no ombro sua inseparável toalha, sua principal ferramenta de trabalho e também simbolo do Oyé, ou cargo que ocupa. A toalha de um ekedi, destina-se, entre outras coisas, a enxugar o rosto dos orixás manifestados. Uma ekedi ainda é responsável pela arrumação e organização das roupas que vestirão os babalorixás nos dias de festas, como também, pelos ojás (faixas adornadas de contas e conchas), que enfeitarão várias partes do Ilê nestes dias.
    
as a tarefa de uma ekedi não se restringe apenas a cuidar dos orixás, roupas e outras coisas. Uma ekedi também é porta voz do orixá em terra. É ela que em muitas das vezes transmite ao babalorixá ou ialorixá o recado deixado pelo próprio orixá da casa.
     As ekedis também são conhecidas como "Iyárobá",no Gantois, e como "Makota de Angúzo", na nação de Angola, mas o termo de origem Jêje, ekedi, foi o que mais se popularizou no Brasil

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