domingo, 12 de dezembro de 2010

O QUE FAZER SE ARREBENTAR O EMOSSÒ KASUM (BALANÇA).

Segundo o babalorixá Didi de Xangô, da nação Cabinda, de Viamão e o Ogã Illú Belerun de Oxalá, de Guaíba.
 Segundo Didi em caso de ruptura do Kássum, deve-se pegar as quartinhas de Oyá,Xangô e de Xapanã e entregar para os orixás que estiverem no mundo fazerem um assagéu dos fundos para a frente da casa. Em seguida, saem com as quartinhas para o cruzeiro, onde despacham as de Xangô e Xapanã. A de Oyá é atirada para o alto e estourada no meio do cruzeiro, enquanto isso, o tamboreiro puxa o seguinte axé.
  tamboreiro: Equi loiá fisiló.
  resposta: Eró
    Quando os orixás voltarem para casa, o pai de santo deve preparar 32 acarás e colocá-los no forro da casa, bem como no centro do salão, quando então canta-se  as rezas para Oxalá velho. Neste momento, estende-se o Alá para pedir misericórdia e, logo após, retoma-se o toque apartir do orixá Odé.
    Já de acordo com o Ogã illú Belerum, em caso de romper o Kassum, o tamboreiro deve parar o toque no Alujá. Então o pai de santo estende o Alá sobre os orixás e os membros da roda, enquanto se canta um axé de misericórdia para Oxalá Olorun. A seguir recolhe-se o Alá e retoma-se a obrigação tocando o Jêje para Xangô.
    Ibi para Oxalá:
     tamboreiro: Oxalá lerun obabá lorun olofilo orixalá
     resposta: Oxalá lerun obabá lorun odofilo orixalá
     tamboreiro: Elebomi oxalá orixá, elebomi oxalá  orixalá ebi talabô ebomi oxalá orixaá
     resposta: Elebomi oxalá orixá, elebomi oxalá orixalá ebi talabô ebomi oxalá orixaá
     tamboreiro
  Odoxikan
     tamboreiro: Obi ofara obi orô aba odoxikan
     resposta: obi ofara obi omi
     tamboreiro: oruguéguégué babá sensuô, babáxere tuelerun alá
     resposta: oruguéguégué babá sensuô, babaxere tuelerun alá
  Axé para recolher o Alá:
     tamboreiro: okinuala
     resposta: okidjé, okidjé
     tamboreiro: okinuala
     resposta: okidjé, okidjé
        Estes são ensinamentos de dois consagrados nomes de nossa comunidade. Convém lembrar, entretanto, que de acordo com o lado e feitoria de cada babalorixá ou ialorixá existem diversas variantes para esta situação e os demais ritos da religião africanista. Portanto, nenhuma afirmação pode ser considerada como verdade única ou incontestável.
        trecho extraído do jornal "folha do axé"  de 17 setembro de 2010.

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